Curso de gestão de bibliotecas digitais na BN
Em julho, estarei ministrando a disciplina Arquitetura de Informação, no Curso de Gestão de Bibliotecas na Biblioteca Nacional (RJ):
Em julho, estarei ministrando a disciplina Arquitetura de Informação, no Curso de Gestão de Bibliotecas na Biblioteca Nacional (RJ):
Peter Morville, arquiteto de informação e co-autor do famoso livro do urso polar, postou uma apresentação que fala da importância da arquitetura de informação. Além de ser bem ilustrada, tem explicações simples para quem quer conhecer o assunto.
Segundo Morville, o crescimento da Internet produziu uma grande quantidade de informações. Com isso, muitos sites foram crescendo sem planejamento e geraram problemas de navegação, onde os usuários tem dificuldades de encontrar a informação que desejam. Essa confusão cria problemas para a gestão do site e redesenhá-lo pode ficar caro, trabalhoso e demandar muito tempo.
O arquiteto de informação planeja os sites, organizando as informações contidas nele. Assim, sua navegação facilitada ajuda os usuários a completar as tarefas, encontrando o que desejam e auxiliando a entender o que eles encontraram. Além dos sites, o trabalho pode ser realizado em softwares e serviços interativos, entre outros.
Veja aqui a apresentação.
[Patricia Tavares]
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Somente hoje eu vi a resenha que Renata Zilse escreveu sobre o lançamento de meu livro. Sem dúvida, trata-se da resenha mais crítica que foi redigida até agora sobre ele, e, por isso, vale aqui este post com o link. É uma crítica séria e sem aquelas rasgações de seda de praxe. Segue aqui um trecho:
Renata aponta que: Ergodesign e arquitetura da informação faz uma abordagem de questões de design centrado no usuário sob diferentes pontos de vista: clientes, designers, analistas de sistemas e arquitetos da informação. Voltado para o público ainda leigo (interessados em ingressar no campo), se desenvolve a partir de e sobre este foco, de maneira simples, num linguajar coloquial. “Se como diz o autor, Luiz Agner, a crise atual é mesmo de “como transformar informação em conhecimento”, ele começou a dar combate à crise ao optar por produzir um livro de forma bem-humorada e compreensível para todos os interessados no tema.” [ANAMARIA DE MORAES, 2006].
A resenha continua: “o ponto inicial do livro é o que chama de “letargia cognitiva” – termo que usa para definir a atual situação de excesso de informação originando bloqueio mental e incapacidade individual de aquisição de conhecimento. Segundo o autor, a única saída para resolver tal problema é o desenvolvimento de um sistema hipertextual sob aspectos ergonômicos, centrado no usuário, visando a facilitação da Interação Humano-Computador (ergodesign). Por abordar muito mais questões de design de interface e usabilidade, talvez o título do livro devesse não apenas circunscrever-se à arquitetura da informação, mas ao desenvolvimento de interfaces web ou experiência do usuário em websites.”
E a Renata vai fundo: “O próprio Agner questiona o termo e sugere um novo: AI2, acrescentando mais um “i” referente a interação. Percebe-se também a sua insatisfação com relação a cobertura do termo Arquitetura da Informação numa disciplina que lida muito mais com questões de navegação e interação do usuário do que organização da informação. Esse ponto, aliás, é o centro nervoso de discussões entre arquitetos da informação e biblioteconomistas e cientistas da informação: classificação e organização de conteúdo é atribuição dos dois últimos e existe desde a Biblioteca de Alexandria, aproximadamente em 330 a.c., a primeira biblioteca documentada da história humana. Por que só agora, com o advento da internet, se “criou” uma profissão nova para lidar com essas questões?”
Obrigado por ter resenhado o livro, Renatinha! Só não concordo com as observações que você teceu sobre o estilo do texto, viu? Trata-se de um estilo bastante coloquial, dirigido aos estudantes que você conhece tão bem quanto eu, mas não um estilo “chulo“. De qualquer modo, na segunda edição, já publicada, alguns excessos e gírias já foram devidamente “equalizados” (impressionante como esta questão do estilo do texto deu o que falar, na época…)
Quem quiser mais detalhes, pode buscar por aqui, na revista InfoDesign.
E já que estamos colocando links sobre livros de AI em português, vale apontar para Design de Navegação Web, publicado pela ArtMed, cujo primeiro capítulo está online. Muito interessante quando, ao final, o autor apresenta as cinco “filosofias” diferentes de projeto, apontando o design centrado no usuário como a mais adequada. Vale a leitura!
Capa da segunda edição criada por Bruno Porto.
Até que enfim saiu a segunda edição do meu livro “Ergodesign e Arquitetura de Informação“, que está disponível na Loja Virtual da Editora Quartet e, em breve, estará sendo distribuído às demais livrarias e lojas online. Também já pode ser encontrado na Livraria do Museu da República, na Rua do Catete, no Rio. Esta edição tem mais duas seções que não apareceram na primeira: uma sobre cardsorting e outra sobre os componentes da AI. É indicado para os que estão se iniciando agora no tema.
Ergodesign e Arquitetura de Informação – trabalhando com o usuário
Autor : Luiz Agner
Editora : Quartet
Edição : 2ª – 2009
Classificação : Comunicação
ISBN : 978-85-7812-017-7
Formato : 14 x 21 cm
Páginas : 196 p.
O designer e colega Bruno Porto, emérito professor do Raffles Design Institute, Shanghai, está desenvolvendo os estudos para a capa da segunda edição do meu livrinho “Ergodesign e Arquitetura de Informação”, atualmente esgotado. A previsão da editora é que a segunda edição saia ainda este semestre (assim, é claro, que eu tiver tempo para entregar os capítulos revisados ;))
Como vêem, a capa está ficando maneiríssima e o memorial descritivo não fica atrás. Segundo Bruno, a proposta agora é radical: “uma ruptura completa da percepção que se tinha da primeira edição do livro, que agora já se encontra estabelecido, recomendado e conhecido junto ao público-alvo que se renova”.
“O fato de ser uma segunda edição celebra seu sucesso, e um passo adiante, em layout e abordagem se faz mister! Daí, o que ‘grita’, à primeira vista, é o nome do autor, claro, e a “2a edição”. A capa, em si, chama atenção pelo caótico, e a mensagem-síntese da obra está lá, na própria capa: o grid te salvará, webdesigner!”
“A palavra “design” está bem destacada (disfarçando seu ‘ergo’), e o termo principal
‘arquitetura de informação – com bastante movimento, motion graphics sangrado para todos os lados da ilustração, que é, proposital e provocativamente, um prédio. A capa foge do visual “apostila” que a 2AB estabeleceu, a Rosari deu prosseguimento, e a Quartet não se mexe muito (so far) para mudar.”
Quanto à tipografia, Bruno estudou variantes para a mainstream Helvetica (mas ainda no sentido “bem comportado”):
“como a Tarzana Narrow (Zuzana Licko da Emigré, mais antiestablishment impossível – talvez apenas o Billy hehehe em sua melhor forma) e a good old Trade Gothic, que mereceu um corpo maior por ser condensada.”
Super-obrigado, Bruno! Demorô. Tão bacana e cult quanto a capa é a defesa do projeto!! 😉
Volta e meia, eu encontro na web uma nova resenha escrita sobre o meu livro “Ergodesign e Arquitetura de Informação” (Quartet, 2006). Esta aqui (que tomei a liberdade de reproduzir) foi feita por Rafael Rez Oliveira, no blog Ex Vertebrum. Obrigado, Rafael !!
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Abre aspas:
Luiz Agner é o primeiro autor brasileiro a dedicar um livro inteiro ao tema da Arquitetura da Informação. A abordagem utilizada por Agner é simples e direta: relaciona o ergodesign (projeto de design baseado na ergonomia) com o design da informação em diversos capítulos curtos, cada um abordando um tema específico.
A AI é derivada das disciplinas de IHC (Interação Humano Computador) e da Biblioteconomia, valendo-se também da capacidade dos designers de organizar visualmente os sistemas de informação. O profissional que consegue reunir estas habilidades é o Arquiteto da Informação.
Agner se vale de uma linguagem jovem, não-acadêmica e descontraída para tornar o tema mais simples de compreender, e neste questito ele obtém muito sucesso. O livro foi muito bem recebido tanto por profissionais da área quanto por acadêmicos e pesquisadores, que passam a contar com uma bibliografia de apoio mais completa.
Li o livro todo numa só noite, numa tacada só, o que comprova a facilidade de absorvê-lo, mas é bom obeservar que nem por isso o livro é superficial. Agner se esforçou muito para conseguir fazer dele uma ferramenta de aprendizado completa.
Alguns trechos do livro estão disponíveis em forma de artigos no WebInsider.
Fecha aspas.
Re-lançamento do meu livro no SBDI (ao fundo, Luiz Antônio Coelho também autografando, e a prof. Edna Cunha Lima)
Quero também agradecer aqui ao André Valongueiro pela resenha do livro “Ergodesign…” publicada em seu blog:
“… Gostaria de indicar, para aqueles que desejam ter o seu primeiro contato com a Arquitetura de Informação, o livro Ergodesign e Arquitetura de Informação – Trabalhando com o Usuário, de Luiz Agner.
É um trabalho excelente, onde é possível ter contato com muitos dos conceitos mais usados na Arquitetura de Informação.
Gostei especialmente da explanação sobre o papel da AI na inclusão digital e das dicas sobre como lidar com os interesses existentes dentro de uma organização quando se iniciam projetos de interface e estruturação de conteúdo para uma nova ferramenta ou website.”
Novamente gostaria de agradecer a todos os leitores do meu livro “Ergodesign e Arquitetura de Informação” que estão escrevendo resenhas sobre ele e postando-as em seus sites e blogs, a exemplo do Fred do Usabilidoido. Outra delas é a do Rodrigo Muniz, que tomei a liberdade de reproduzir aqui:
“Comprei o livro num pacote junto com “Não me faça pensar” e decidi lê-lo antes do clássico de Steve Krug por ter visto muitos comentários de que o livro fazia bem o papel introdutório em Arquitetura da Informação e é isso mesmo. Quando terminei de ler pareceu que havia revisado tudo o que já estudei na internet sobre AI e Usabilidade inclusive alguns textos do autor.
Destaque para o capítulo onde Luiz Agner fala dos processos políticos com os quais o Arquiteto da Informação deve se acostumar para conseguir uma interface focada no usuário sem ferir interesses internos das empresas.
Um dos meus pontos favoritos do livro é quando Agner abre os olhos para o papel da Arquitetura da informação na inclusão digital, onde mostra que assim como muitos designers de interface encaram os usuários como iguais, o governo está partindo da idéia que todos os brasileiros têm necessidades digitais comuns em programas de inclusão digital esquecendo que são sujeitos diferentes em sua origem e educação.
E outro assunto interessante é a informação nos websites do governo em um mar de burocracia que migra do mundo off-line para a web governamental e a importância do Arquiteto da Informação para dar acesso e transparência a esses dados, inclusive escrevi sobre isso no texto anterior.
Para mim Agner peca em alguns pontos não ligados ao assunto do livro e sim na linguagem abordada. Ele tenta criar um ambiente de leitura agradável e acaba se repetindo e usando vícios de linguagens que na minha opinião são desnecessários mesmo se você quer envolver o leitor num clima informal, porém pode ser falta de costume de minha parte ou não tenha entendido a linguagem do público alvo do livro com seus “tipo assim” e “ninguém merece“.
Mesmo assim, com referências aos mestres como Nielsen, Rosenfeld e Morville, o livro é uma ótima experiência para quem está começando no assunto ou mesmo para quem quer revisitar alguns pontos.
Sem dúvida indicarei a edição a todos os colegas de faculdade, fica a dica.”
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Valeu, Rodrigo!
Só queria te explicar que a linguagem descontraída e humorada adotada no livro é devida ao seu público-alvo principal: os estudantes de graduação em Design. Abraço!
(Agner)
É fato notório que o Brasil tem um reduzido mercado leitor e que os custos de produção gráfica são altos, em virtude da pequena tiragem. Isto implica em que os lucros das editoras e dos autores não sejam grandes. Um autor normalmente não fica com mais do que 10% do valor do preço de capa. Esta é a praxe.
Bem, hoje, eu recebi uma parte dos direitos do meu livro “Ergodesign…” Uma fortuna incalculável, imaginem! Acho que vou comprar um Land Rover para juntar aos outros dois que já estão na garagem 😉 Serviu para uma coisa: se eu tinha algum sonho de me tornar um Paulo Coelho da arquitetura de informação, coloquei imediatamente os pés no chão. Caraca, não é fácil ser autor no Brasil. Só mesmo sendo um mago! 😉
Entretanto, há uma coisa muito boa nisso de colocar as idéias no papel e sair distribuindo as cópias por aí pelos quatro cantos do país. Vou contar o segredo pra vocês: é o reconhecimento e o carinho do leitor.
Sim, sem demagogias, é o melhor de tudo e o que nos dá o verdadeiro alento.
Vou citar um exemplo. Hoje, recebi o e-mail do Vicente Martin, professor de Criação Digital, da ESPM de São Paulo. Ele me disse:
“Acabei de terminar a leitura de seu livro. Queria parabenizá-lo pelo ótimo conteúdo e pela fluidez do texto. A partir do semestre que vem irei adicionar na bibliografia da matéria”.
Anteontem, a Tatiana, aluna da Anhembi Morumbi (SP), me enviou a seguinte mensagem:
“Pode acrescentar uma fã na sua lista e, por favor, não pare de escrever porque assim você vai ajudar muito na minha formação acadêmica. Achei o livro muito fácil de ler e super-atual. Aguardo os próximos lançamentos, e que a ciência ilumine os seus pensamentos!”
Muito carinhoso, Tatiana! E teve ainda o Celso que escreveu o seguinte em seu blog, que eu descobri hoje na web:
“Temos excelentes profissionais de TI, mas são poucos que conhecem o negócio do cliente além do escopo da tecnologia. Dominam muito bem linguagens de programação, processos e práticas relacionadas à tecnologia mas são raros os que se aventuram a ler sobre assuntos diversos que ajudam a entender o produto ou serviço do ponto de vista do usuário ou do negócio do cliente. Leituras de livros e artigos sobre negócios, antropologia, fisiologia, ergonomia, design, filosofia ou qualquer coisa que ajude a pensar fora da caixa são raras.
E isso ainda leva a um efeito colateral negativo: poucos são capazes de multiplicar seu conhecimento de forma eficiente ou escrever bons textos, quiçá um livro – aliás, muitos não passariam num processo seletivo por redação. O lado positivo é que as exceções geralmente são muito boas: o livro Ergodesign e Arquitetura de Informação do Luiz Agner é um bom exemplo, entre outros.”
Obrigadíssimo, Vicente, Tatiana e Celso. Manifestações de leitores como vocês são o maior incentivo para continuar pesquisando e escrevendo!