Neurociências e o escambau…

Nesta interessante palestra para as Conferências TED, Jeff Hawkins, um dos conceituadores e desenvolvedores dos PDA, conversa conosco sobre a ciência do funcionamento do cérebro humano: muito interessante! O cérebro humano não é como um computador ou processador… O cérebro nos ajuda a prever o que vai acontecer na sequência! Os conceitos poderão ser importados para a computação e propiciar novas aplicações, mais cedo do que imaginamos! Afinal, é importante haver uma boa teoria sobre o cérebro? Cérebros podem compreender cérebros? O óbvio pode estar errado?

Ergodesign e arquitetura de informação – resenhas

Novamente gostaria de agradecer a todos os leitores do meu livro “Ergodesign e Arquitetura de Informação” que estão escrevendo resenhas sobre ele e postando-as em seus sites e blogs, a exemplo do Fred do Usabilidoido. Outra delas é a do Rodrigo Muniz, que tomei a liberdade de reproduzir aqui:

“Comprei o livro num pacote junto com “Não me faça pensar” e decidi lê-lo antes do clássico de Steve Krug por ter visto muitos comentários de que o livro fazia bem o papel introdutório em Arquitetura da Informação e é isso mesmo. Quando terminei de ler pareceu que havia revisado tudo o que já estudei na internet sobre AI e Usabilidade inclusive alguns textos do autor.

Destaque para o capítulo onde Luiz Agner fala dos processos políticos com os quais o Arquiteto da Informação deve se acostumar para conseguir uma interface focada no usuário sem ferir interesses internos das empresas.

Um dos meus pontos favoritos do livro é quando Agner abre os olhos para o papel da Arquitetura da informação na inclusão digital, onde mostra que assim como muitos designers de interface encaram os usuários como iguais, o governo está partindo da idéia que todos os brasileiros têm necessidades digitais comuns em programas de inclusão digital esquecendo que são sujeitos diferentes em sua origem e educação.

E outro assunto interessante é a informação nos websites do governo em um mar de burocracia que migra do mundo off-line para a web governamental e a importância do Arquiteto da Informação para dar acesso e transparência a esses dados, inclusive escrevi sobre isso no texto anterior.

Para mim Agner peca em alguns pontos não ligados ao assunto do livro e sim na linguagem abordada. Ele tenta criar um ambiente de leitura agradável e acaba se repetindo e usando vícios de linguagens que na minha opinião são desnecessários mesmo se você quer envolver o leitor num clima informal, porém pode ser falta de costume de minha parte ou não tenha entendido a linguagem do público alvo do livro com seus “tipo assim” e “ninguém merece“.

Mesmo assim, com referências aos mestres como Nielsen, Rosenfeld e Morville, o livro é uma ótima experiência para quem está começando no assunto ou mesmo para quem quer revisitar alguns pontos.

Sem dúvida indicarei a edição a todos os colegas de faculdade, fica a dica.”

Valeu, Rodrigo!
Só queria te explicar que a linguagem descontraída e humorada adotada no livro é devida ao seu público-alvo principal: os estudantes de graduação em Design. Abraço!
(Agner)

Post de pai coruja (1)

Lua - Desenho do Terekoteco

Eu já ouvi dizer que esse negócio de blog não passa de uma “ego trip“. É verdade. Todo blog tem geralmente alguns posts em que o autor se dá o direito de focalizar o seu próprio umbigo, falando sobre coisas que interessam somente a ele, ou a muito poucos. Minha vez chegou. No caso, mostro os umbigos de meus dois filhos: a Bathata e o Terekoteco.

Inaugurando a série posts de um pai coruja, este aqui é para mostrar este maravilhoso desenho da Lua pegando surf na cauda de uma estrela cadente, de autoria do Tereko, de 6 anos. Já a Bathata aparece aqui neste vídeo praticando piano, com uma belíssima composição de John Coltrane (mas gosta mesmo é de batera…)

Quadrinhos na universidade

Almanaque dos Quadrinhos - Capa

A UniverCidade está promovendo um ciclo de palestras e mesas redondas sob o tema “Ilustração a traço“, durante este mês de junho. As palestras acontecem sempre às quintas-feiras, no auditório da Unidade Ipanema, às 19:30h e a entrada é livre.

Na quinta passada, o ciclo abriu com meus convidados Flávio Braga e Carlos Patati falando sobre Quadrinhos. Eles foram os autores do excelente Almanaque dos Quadrinhos, livro de referência sobre a nona arte, que saiu pela Ediouro, com projeto gráfico de Marcelo Martinez. Diga-se de passagem que o Patati arrasou, demonstrando ser realmente uma enciclopédia ambulante cobrindo a história dos comics – desde o Yellow Kid até os dias atuais. O Braga eu conheço de outros carnavais: ele lançou a revista Mega Quadrinhos, que circulou nos anos 80 (com a qual eu colaborei).

São os seguintes os temas das próximas quintas:

2. Dia 21/junho: Bico-de-pena; livros e revistas
3. Dia 28/junho: Ilustração livre, e vinhetas

Horário: 19:30 às 22h.
Local: Teatro da Unidade Ipanema da UniverCidade
Av: Epitácio Pessoa, 1664 – Lagoa – Entrada franca

Por falar nisso, a UFRJ está promovendo a sua II Semana de Quadrinhos, durante a semana de 18, 19 e 20 de junho, no campus da Praia Vermelha.

1º Encontro Brasileiro de Arquitetura de Informação

Ôpa! Vai acontecer em São Paulo, nos dias 19 e 20 de outubro, o 1º Encontro Brasileiro de Arquitetura de Informação. O encontro pretende atingir os seguintes públicos: arquitetos de informação, designers de interação, especialistas em usabilidade; bibliotecários, web designers e desenvolvedores web, estudantes e interessados em geral.

Temas de interesse: Definições de Arquitetura de Informação, Documentação e metodologias; Ferramentas; RIAs (Rich internet applications); Comunidades on-line e software social; Folksonomia e sistemas de classificação; Mecanismos de busca e SEO; Intranets e portais corporativos; Usabilidade e pesquisa com usuários; Web 2.0; Interfaces para dispositivos móveis; Arquitetura de Informação e mercado.

A submissão de trabalhos já está aberta e pode ser feita de forma eletrônica através do website http://www.aibrasil.org/encontro/programa.

É o primeiro encontro técnico-profissional do gênero do campo da AI no Brasil e merece o nosso apoio. Participe!

Ted Nelson na TVE

A Carol me avisou a tempo (obrigado, Carol!) e eu ainda pude pegar a entrevista do filósofo e sociólogo Theodore Nelson na TVE, ontem à noite.

Personalidade criativa e irrequieta, Ted nasceu em 1937 e é um dos avôs da tecnologia da informação. Ele cunhou os termos “hipertexto” e “hipermídia” em 1963. A meta do seu trabalho tem sido tornar os computadores acessíveis a todas as pessoas. Nelson criou o projeto Xanadu com o objetivo de montar uma rede de computadores com interfaces simples. O lema é: “uma interface precisa ser tão simples que um iniciante, numa emergência, deve entendê-la em 10 segundos”. Atualmente, leciona interface homem-máquina na universidade de Oxford.

Na entrevista da TVE (ilustrada com cartuns ao vivo do Paulo Caruso, que aparentava não estar entendendo muito bem aquele papo), Ted citou a lista de Dave Farber. Uma excelente fonte de referência sobre assuntos quentes que relacionam tecnologia, sociedade, e economia, com foco nos direitos civis. Vale a pena ficar de olho.

Metodologia de aula – usabilidade

Foto Aula UniverCidade

Registro – Na aula pós em WebDesign, o primeiro passo foi uma apresentação com as informações gerais sobre o que é o Teste de Usabilidade (veja o slide show em um post anterior). Logo em seguida, aproveitamos o tempo extra com a prática de laboratório inspirada na metodologia dos testes de usabilidade.

A prática poderá incluir: Definir objetivos; Identificar o problema; Definir o tipo de teste; Distribuir os papéis da equipe; Perfil dos usuários-alvo; Redigir cenário e tarefas; Definir benchmarks; Equipamentos e metodologia; Definir métricas e dados qualitativos; Preparar documentos de apoio; Prospectar os participantes; Executar teste piloto; Reavaliar a metodologia e Aplicar os testes pra valer.

Depois, vem a parte mais desafiadora da Análise dos Dados: Compilar e Resumir os Dados; Identificar erros e dificuldades dos participantes; Identificar a fonte dos erros; Priorizar problemas; Gerar Recomendações; Recomendações de maior impacto; Recomendações de curto e longo prazos; Definir áreas para futura pesquisa e Redigir o Relatório.

Nas fotos, alguns takes da pós da UniverCidade, onde a turma põe a mão na massa, avaliando os seus projetos. O tempo é curto para tudo que nos propusemos a fazer. O restante fica pra próxima. Espero que todos tenham gostado. 😉

Foto Aula UniverCidade 2

IHC: um negócio da China (2)

A minha amiga Lisia, ex-colega do Santo Inácio, também é pesquisadora no campo da interação humano-computador. Lisia é psicóloga da ANAC, uma agradabilíssima lembrança da adolescência, e me ajudou muito na minha tese. Ela também enviou seu trabalho de mestrado da Coppe para o congresso de Beijing e me avisou ontem que não perdemos o prazo: tanto o poster dela quanto o meu foram aprovados no peer-review.

O título do meu poster é Presentation of Government Statistics on the Web: Usability and Information Architecture.

O da Lisia é Proposition of a CRM (Corporate Resource Management) Practice Training (Second Phase) Methodology.

Agora só falta ganhar na loto para comprar a passagem e ir apresentar! Qualquer coisa eu baixo lá na casa do Bruno Porto, em Shangai 😉