Vigilância e controle na sociedade digital
Fico sempre superfeliz quando meus alunos e orientandos de TCC fazem um excelente trabalho e são merecedores da nota máxima (dez, com louvor!). É o caso da Juliana Hofstetter, do curso de Comunicação Social/ Publicidade e Propaganda da Facha.
O trabalho da Juliana teve como objetivo, em suas palavras, “contextualizar as consequências do controle e da vigilância digital que dominam a sociedade contemporânea, apresentando, através de uma abordagem integrada de diversos autores, a construção, manutenção e transformação dos dispositivos de poder a que os indivíduos foram submetidos e como esses meios foram potencializados com a internet e os avanços tecnológicos, elevando o poder da comunicação como forma de gerenciar comportamentos sociais e de consumo.”
Segundo ela, “o advento da cultura digital, os acessos ao mundo online, sejam para compras, pesquisas ou redes sociais, permitiram que a abrangência da vigilância se estendesse a todos os campos da vida social, produzindo consequências, para o bem e para o mal.”
Conforme diz a Juliana em sua monografia, “por um lado, os serviços digitais oferecidos são úteis e gratuitos – redes sociais, contas de e-mails, mecanismos de busca, navegadores, gps, e muitos outros – representando ferramentas facilitadoras do dia a dia. Mas, por outro, absorvem dados pessoais e comportamentais através do sistema de inteligência artificial, executados por algoritmos que regem as estratégias de marketing no ciberespaço, com o objetivo de gerar consumo e influenciar decisões.”
Baseada em Foucault, Deleuze, Bruno, Lyon e Bauman, a pesquisa (que não é sobre UX nem AI mas sobre coisas que certamente as influenciam) descortina toda a atuação e ampliação da vigilância no contexto da cultura digital, dos algoritmos do Google, passando pelo remarketing e chegando nos social bots que infestam as nossas redes sociais com objetivos de manipulação política ou ideológica muitas vezes inconfessáveis.
Leia aqui na íntegra a monografia da Juliana.