Product Arena na OLX

Alguns registros do encontro Product Arena de ontem, organizado por Horácio Soares na sede da empresa OLX. O Arena desta vez ofereceu workshops de pesquisa etnográfica, pesquisas quantitativas, entrevistas com usuários e design sprint. Tive a honra de participar da mesa de debatedores com Carolina Zatorre, Denise Pilar, Elizete Ignácio, entre outros/as profissionais e pesquisadores de UX design. O encontro estava maravilhoso, todos trocaram muitas experiências e aprendemos muito neste evento que reuniu em torno de 70 pessoas. Como não podia deixar de ser, numa empresa de tecnologia, não faltaram pizzas e cerveja!

Trabalho aprovado no congresso AMCIS 2011

Este artigo-poster saiu publicado nos anais do congresso AMCIS 2011, focado em sistemas de informação, realizado em parceria com Patricia Tavares (IBGE) e Simone Bacellar (UNIRIO).

Citação:
Agner, Luiz Carlos; Tavares, Patricia Zamprogno; and Ferreira, Simone Bacellar Leal, “Ethnographic Observation in the Usability Evaluation of Computer Assisted Data Collection” (2011). AMCIS 2011 Proceedings – All Submissions. Paper 240.
http://aisel.aisnet.org/amcis2011_submissions/240

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Observações etnográficas na avaliação de interfaces

Se o objetivo da etnografia social é compreender como o indivíduo ou grupo interage dentro de sua cultura, na etnografia para o projeto de sistemas, por outro lado, o objetivo é verificar como o sistema é realmente utilizado.

Os métodos etnográficos podem descobrir fatos inusitados e valiosos que jamais seriam identificados por métodos in house. A maior parte dos dados do estudo etnográfico é elicitada através de observação pessoal, entrevistas ou gravações em áudio e vídeo.

Seus resultados são informações qualitativas como declarações, impressões, opiniões e descrições do ambiente ou local.

Faça aqui o download do nosso trabalho completo:
Artigo para Interaction South America 2010

Etnografias na coleta de dados do Censo Demográfico

Estas fotos mostram um trabalho de observações etnográficas da coleta de dados do Censo 2010, realizado junto ao Parque JK, num bairro de classe média alta em Belo Horizonte e na comunidade do Acaba-Mundo, local próximo, na mesma capital. Nas imagens, aparecem uma das recenseadoras do IBGE e minha colega Patricia , analista de sistemas, que estava lá por ocasião do congresso IHC da Sociedade Brasileira de Computação. Estávamos realizando a avaliação da usabilidade do dispositivo móvel na coleta de dados estatísticos.

Etnografias - Censo Demográfico 2010 - Belo Horizonte

Etnografias - Censo Demográfico 2010 - Belo Horizonte

Etnografias - Censo Demográfico 2010 - Belo Horizonte

Etnografias - Censo Demográfico 2010 - Belo Horizonte

Etnografias - Censo Demográfico 2010 - Belo Horizonte

Há uma série de razões pelas quais a etnografia passou a ser importante para o projeto de interface e IHC. Essas razões são as seguintes:

1 – o estudo etnográfico é um meio poderoso de identificar as necessidades do usuário e enxergar o sistema pelo olhar do usuário.

2 – descobre a verdadeira natureza do trabalho realizado: é muito comum os usuários desempenharem suas tarefas de modo diferente daquilo que foi prescrito. No caso de uma coleta de dados assistida por computador, por exemplo, nós descobrimos que a etnografia poderá ser útil ao evidenciar se os usuários enunciam as perguntas da entrevista empregando linguagem informal ou popular, de modo diverso do que é proposto no questionário eletrônico.

3 – outra vantagem do estudo etnográfico é que o pesquisador obtém um alto grau de compreensão do usuário e pode desempenhar o seu papel em sessões de projeto participativo.

4 – a natureza aberta (não enviesada) da etnografia habilita o registro de revelações surpreendentes sobre como o sistema é utilizado no campo.

Nas avaliações de usabilidade, é preciso estar imerso na cultura do usuário para melhor entender o que se passa em torno dele. Assim, os pesquisadores devem olhar, participar e perguntar sobre as atividades do seu dia-a-dia.