Introdução à Arquitetura de Informação
Uma breve introdução à Arquitetura de Informação, gravado especialmente a pedido da amiga Paola Salles para abrir o seu curso na Universidade Positivo (e aproveitando para fazer um jabázinho, rsrs).
Uma breve introdução à Arquitetura de Informação, gravado especialmente a pedido da amiga Paola Salles para abrir o seu curso na Universidade Positivo (e aproveitando para fazer um jabázinho, rsrs).
Na Livraria da Travessa, em Botafogo, inesquecíveis momentos ao lado de amigos, colegas professores, familiares e líderes da UX e Arquitetura de Informação no Rio de Janeiro. Agradecimentos totais à Editora Senac Rio, que reeditou e relançou o “Ergodesign e Arquitetura de Informação – Trabalhando Com o Usuário“!
Convite para a sessão de autógrafos no lançamento na livraria Travessa em Botafogo.
Aeeee, galera! Convite para o lançamento do livro “Ergodesign e Arquitetura de Informação”, quarta edição revisada e ampliada – Ed. Senac, no dia 28 de novembro na UFRJ, na Cidade Universitária.
Um registro da minha apresentação no Congresso Pesquisa e Desenvolvimento em Design, acontecendo em Joinville, SC. Um trabalho assinado em parceria com o prof. Adriano Renzi (UFF).
Nesta apresentação, eu procurei sublinhar a necessidade de remodelação da arquitetura de informação para que o conceito acompanhe o ambiente de mudanças contínuas e necessidades cambiantes, no sentido de uma disciplina que se torna mais ampla e aberta. Estamos em um contexto no qual proliferam novas “espécies midiáticas”, onde o ecossistema da comunicação vive em um estado permanente de tensão.
Delineia-se o desafio que coloca os arquitetos de informação e designers de UX diante da tarefa de repensar seus processos, de modo a que todo artefato, produto ou serviço trabalhe em interações de fluxo contínuo, dentro de um sistema emergente onde velhas e novas mídias colidem, o físico e o digital, agora convergentes, sejam projetados, entregues e experienciados como um todo integrado.
Pessoal, é com muito orgulho e alegria que comunico a vocês que está no “prelo” a quarta edição do livro “Ergodesign e Arquitetura de Informação – Trabalhando com o Usuário“, publicado desta vez pela Editora Senac. Este é o texto que vai constar da quarta capa, apresentando a obra, agora revista e aumentada:
“Talvez você nunca tenha ouvido falar em ergodesign, mas pode ter certa familiaridade com os termos “usabilidade”, “design centrado no usuário”, “experiência do usuário”, “design emocional”. E é esse conceito (e outros relacionados) que Luiz Agner explica em seu livro Ergodesign e Arquitetura de Informação”.
A experiência do usuário (em inglês, User eXperience – UX) busca algo que faça diferença na vida das pessoas, busca fazer com que elas se engajem na interação. E Agner mostra como a UX se encontra no cruzamento da arte com a ciência, demanda raciocínio analítico, assim como muita criatividade. Como ele mesmo alerta, “coloca os pingos nos ‘is’”.
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Desenvolvimentos conceituais recentes no campo da arquitetura de informação (AI) devem muito ao trabalho proposto por Henry Jenkins, do MIT, que trata da cultura da convergência e das narrativas transmídia. O conceito de Internet das Coisas nos trouxe a visão na qual a internet se estende do mundo online para o mundo real abraçando objetos do cotidiano, onde a computação tornou-se onipresente e distribuída pelos ambientes.
Nesse cenário, ecossistemas cross-channel são construtos semânticos estruturados ao redor da ideia de experiência e que incluem pessoas, dispositivos, locais e aplicativos, conectados por um fluxo contínuo de informação. A arquitetura de informação pervasiva tem emergido como um tema pós-moderno: sendo pervasiva, a AI agora deve ser consistente com uma complexa ecologia – composta de aplicativos, dispositivos móveis, websites, vestíveis, assistentes pessoais, utilitários, além de outros pontos de contato do cliente com a narrativa transmídia de marcas e organizações.
Delineia-se um desafio que coloca os arquitetos de informação e os designers de UX diante da tarefa de repensar seus processos em prol de uma visão holística complexa.
Segue aqui o artigo completo a ser apresentado no Congresso P&D Design 2018, em Joinville, SC.
Os conceitos de arquitetura de informação com que trabalhamos evoluíram, ou tiveram seu sentido expandido, ressignificado, adaptando-se aos tempos. O arquiteto não mais se circunscreve unicamente a produzir “entregáveis”, como wireframes, taxonomias ou sitemaps, para documentar a proposta de estrutura da informação. Sabe-se que ela agora, sendo pervasiva, deve ser consistente para uma complexa ecologia – composta de aplicativos, dispositivos móveis e ubíquos, websites, vestíveis, utilitários domésticos conectados, além de outros pontos de contato do cliente com a narrativa transmídia das marcas e organizações e espaços mistos.
A Internet das Coisas (IoT) chegou para colocar no bojo da interação humano-tecnologia os avanços, benefícios, problemas e riscos trazidos pela inteligência artificial e pelas interações tecnologia-tecnologia. O termo Internet das Coisas (IoT) simboliza a visão na qual a internet se estende do mundo on-line para o mundo real, numa revolução na qual objetos físicos não são mais desligados do mundo virtual, mas atuam como pontos de acesso à rede de informação mundial.
Proliferam-se, a cada dia, em nosso meio sociotécnico, as oportunidades para a intervenção de atores não-humanos que tendem a impor-nos a sua lógica. Bruno Latour – a partir da teoria ator-rede – questiona a nossa tendência em enxergarmos somente no humano as responsabilidades sobre o comportamento da coletividade. Ele propõe a aceitação da influência de elementos não-humanos (objetos e coisas) na dinâmica sociológica. Para o autor, a trama social é tanto o resultado da influência de ações humanas quanto da agência de atores não-humanos; estes últimos provocam resultados importantes podendo efetivamente transformar as situações em que se encontram, deixando de ser apenas intermediários tecnológicos.
As diversas mídias convergiram e as conexões se entrelaçaram com força total: cada artefato, produto, dado, informação ou serviço é agora parte de um ecossistema e como tal deve ser considerado pelo arquiteto de informação, seja no ambiente físico ou virtual. Lemos descreveu o atual estágio do desenvolvimento das tecnologias digitais como a fase da cibercultura que cria novos territórios informacionais com a fusão dos espaços eletrônicos e físicos. Para dar conta disto, o autor utilizou a metáfora do “download do ciberespaço”, onde informações e suas trocas emergem de coisas, objetos e lugares concretos do espaço urbano. A contribuição de Lemos vai em linha com o conceito de “espaços mistos”, proposto por Benyon e Resmini e com a ideia de ecossistemas cross-channel. É no bojo dessa nova configuração conceitual que agora o arquiteto de informação precisará trabalhar.
Delineia-se um enorme desafio que coloca os arquitetos de informação, assim como os designers de UX, diante da tarefa de repensar seus processos, de modo a que todo artefato, produto ou serviço trabalhe em interações de fluxo contínuo e sem costuras, dentro de um sistema emergente onde velhas e novas mídias colidem, o físico e o digital, agora convergentes, sejam projetados, entregues e experienciados como um todo integrado. Tal parece ser a tarefa da nova arquitetura de informação.
O diagrama é uma representação visual sobre um determinado conceito. Na AI, o diagrama de navegação demonstra, visualmente, como será a estrutura de navegação entre telas (ou páginas). Em específico o de navegação é também chamado de fluxograma ou diagrama de fluxo. Nele é importante apresentar a ordem das informações, as decisões e as possíveis ações.
Esta aula para alunos de Design se baseia no Vocabulário Visual desenvolvido pelo arquiteto de informação J. J. Garrett, e divulgado no site do Instituto de Arquitetura de Informação.
Vamos completar aqui esta série de posts sobre as definições atualizadas da AI.
De acordo com Rosenfeld, Morville e Arango, a Arquitetura de Informação pode ser definida em quatro níveis: (i) o design estrutural de ambientes compartilhados de informação; (ii) a síntese dos sistemas de organização, rotulação, navegação e busca, dentro de ecossistemas informacionais físicos, digitais ou cross-channel; (iii) a arte e a ciência de configurar experiências e produtos que proporcionem usabilidade, encontrabilidade e compreensibilidade; e (iv) a disciplina emergente e a comunidade de prática voltada para trazer princípios do design e da arquitetura às paisagens digitais. Os autores sublinham que o conceito de arquitetura de informação deve ser praticado por toda e qualquer pessoa responsável ou envolvida com qualquer aspecto da criação ou produção de ambientes interativos densos em informação, independentemente de seu cargo ou titulação formal.
Para Lacerda e Lima-Marques, a arquitetura de informação aborda o design da informação em uma camada acima da arquitetura de sistemas (que trata de como os computadores são construídos) e abaixo da camada de interface (que observa como os sistemas se comunicam com seus usuários), no contexto de uma rede de trilhões de nós (dispositivos e pessoas) que implica um vasto e heterogêneo fluxo de informações.
A definição de arquitetura de informação proposta por Klyn, como uma evolução para trabalhos anteriores, lançou mão de três conceitos centrais: a ontologia, a taxonomia e a coreografia. Ontologia se remete a regras e padrões que governam o significado daquilo que comunicamos; o trabalho do arquiteto de informação seria descobrir, definir e articular estas regras e padrões. A taxonomia focaliza sistemas e estruturas para objetos e a relação existente entre seus rótulos e categorias. A coreografia vem a ser a estrutura criada para habilitar tipos específicos de movimentos e de interações, com affordances (possibilidades de interações) para apoiar o fluxo de usuários e da informação.
Assim como as ecologias ubíquas de Resmini e Rosati, a visão de Klyn pressupõe uma neutralidade dos meios, na medida em que a ontologia, a taxonomia e a coreografia independem do sistema específico através do qual a informação é comunicada e utilizada.